27.4.06

A Mão Invisível

Eu queria ter uma coisa...assim como uma mão...uma mão invisível...não a do Sr Adam Smith, a das teorias económicas do "laisser faire, laisser passer"...assim uma mão invisível e mágica, sobretudo, mágica, que entrasse devagarinho no teu coração e te levasse as angústias para longe, tão longe que nunca mais delas soubesses...

21.4.06

Enquanto Houver (*)

Enquanto houver um sorriso Enquanto houver um fascínio Vento a soprar-nos na cara a roupa a tocar na pele Enquanto houver companhia Nos avessos do caminho Podem rasgar-nos a alma Que há-de sobrar poesia Enquanto lançarmos sonhos Com a força da maré E desvendarmos o mundo Entre incertezas e fé E as coisas oscilarem Ao segredar-se uma jura Podem rasgar-nos alma Que há-de sobrar a ternura Enquanto houver um disparo Que rompa um silêncio vão Enquanto o tempo doer Ao escorregar-nos das mãos E trocarmos a desculpa ela culpa da verdade Podem rasgar-nos a alma Que há-de sobrar-nos vontade --- Para ti. Que és tudo. Para mim. ((*) by Mafalda Veiga)

20.4.06

Kundera...

...e, portanto, cara Misty, está na altura de releres os teus livrinhos do excelentíssimo senhor Milan Kundera, grande escritor checo, a ver se atinas, certo???

19.4.06

Epitáfio

Chama-se "Epitáfio". Quem a canta agora é o Tim, dos Xutos, num álbum a solo. A letra é de um grupo brasileiro, que desconhecia, chamado “Titãs”. Adorei-a logo que a ouvi... Epitáfio Devia Ter amado mais. Ter Chorado mais Ter visto o sol nascer. Devia Ter me arriscado mais, e até errado mais. Ter feito o que eu queria fazer. Queria ter aceitado as pessoas como elas são. Cada um sabe a alegria, e a dor que traz no coração. O acaso vai me proteger.... Enquanto eu andar distraído. O acaso vai me proteger... ...Enquanto eu andar.... Devia ter complicado menos, e trabalhado menos, Ter visto o sol se por... ...Devia ter me importado menos, com problemas pequenos..... Ter morrido de amor! Queria ter aceitado a vida como ela é, A cada um cabe alegrias, e a tristeza que vier...... O acaso vai me proteger... ...Enquanto eu andar distraído. O acaso vai me proteger... ...Enquanto eu andar....

18.4.06

La Primavera

Pintura não é exactamente a minha forma de arte de eleição. Detenho-me e deleito-me muito mais com a música. A música é quase como oxigénio, para mim. Por isso, foi com surpresa que me descobri, ontem, a ouvir falar deste quadro.
É do período do renascimento e o seu autor é Sandro Boticelli. Pintou-o muito provavelmente a pedido de um grande prícipe florentino, Eduardo de Medicis, e permaneceu na obscuridade praticamente até ao início do século XX. Veio a influenciar uma escola conhecida por pré-rafaelistas, se não me engano, tendo servido de inspiração a escritores como Oscar Wilde, entre outros.
Estive, portanto, perto de uma hora a ver um programa na televisão, onde a obra é decomposta em mil e uma análises, que foram desde a técnica utilizada às mensagens veladamente contidas, passando pela questão filosófica subjacente, à própria crónica de costumes, à botânica.
Ouvi todas as explicações com uma avidez que desconhecia. Talvez haja aqui algo a descobrir...
Fascina-me o quadro no seu todo, mas a figura da Deusa Flora (a deusa de vestido florido na parte direita do fresco) prende-me mesmo a atenção. Pelo sorriso, que acho muitíssimo mais intrigante que o da Monalisa.

13.4.06

Tango 31

[Se fosse uma peça de teatro, agora os personagens estavam a iniciar uma dança, um tango, mais precisamente. Era o tango do amor deles...E não, não é um poema…que hoje não gosto dos poetas…] Diz...diz lá... Se te amo?... sim...a medo...espera... Tu sim?...ah...eu...que é isto? ...sim...sim...amo? Amo!...Amo-te!...Quero…quero-te!… Entra! …em mim…no meu mundo… A fundo!... Vem…entra, rasga, vira…vira-me, do avesso… Que eu quero! …Mas não te agradeço, Que te sinto, e te quero! E quero que me queiras!... Ah!...ah, que já não vejo as cores! Só te sinto os sabores…e, ai, só te sinto os calores!... Amo-te!...fala…deixa-me entrar aí!... Não vejo as cores…não vejo as cores!! Sangue…quente…e vermelho…ardente! …deixa-me respirar… ...já não quero o ar... só amar... ...mais...sempre...tu!...Tu!!! Quero ficar cega outra vez!!... Mas deixa-me olhar…não tenhas medo, Não receies os meus olhos, Eles olham-te com amor… E fala-me, com os teus… Se te amo?...ai, se te amo tanto… Tu...quente tu...eu...e eu... Se te amo?...

12.4.06

Digam lá o que disserem...

...mas a verdade é que o homem tem uma voz sexy como tudo! ...Estou a falar do Tom Jones. Ok, o tipo deve passar metade do dia no solário, usa restaurador Olex com toda a certeza, mas que tem um vozeirão, ai isso tem! E hoje soube-me mesmo bem ouvir "What's new, pussycat?" logo pela fresquinha! Mii-iiaauuuu!

11.4.06

Sabes que...

...as saudades que tenho de ti compensam o bem que me sabem os reencontros! ...Mi-iiaauuuu!

10.4.06

Polis ...Cacém...Livra!...

Existe um fenómeno que me vem consumindo os açúcares, por assim dizer, e que tenho que manifestar publicamente. E que melhor dia para o fazer, se não este dia de hoje, este dia que está assim-assim, nem chove nem aquece (apesar do Mixtu dizer que sim...)… Para os de vós que conhecem a linha de Sintra e o IC 19, compreenderão bem que as obras do Programa Polis no Cacém resultam quase como o teste último à paciência dos munícipes deste malfadado concelho… Aquilo que me vem atormentando o fusível é o seguinte: desde há um ano a esta parte, o Cacém começou a ser “intervencionado” no âmbito do Programa Polis…(mesmo “à pele”, or else…os fundo revertiam para a origem…)… “Intervencionado” é um eufemismo, uma foma simpática aqui utilizada para traduzir o caos que se instalou naquela freguesia…onde desgraçadamente tenho de ir com muita frequência…São buracos, tapumes, sentidos de trânsito que mudam a cada dois dias, lama no Inverno, pó nos dias secos, barulhos a horas impróprias, um sei lá de “sacrifícios” impostos a todos a bem da comunidade… Que nunca estamos satisfeitos com nada e que sem sacrifícios nada se obtém, dirão. É verdade, sim senhor! Reclamamos que nos fartamos... Aquilo que realmente me consome os açúcares (e que não tem nada a ver com as hipoglicemias intrínsecas à minha pessoa) é o seguinte: aguentar mais um ano de provações no Cacém (a que se juntam as obras no nó do IC19 desta mesma freguesia), até seria suportável, porque temporário; mas o que não entendo de todo foi a concepção dos arquitectos deste projecto de recuperação, e que me preocupa, por não ser temporário, mas sim definitivo. E porque também ninguém cuidou de explicar, ainda mais me preocupa... Não entendo o corte de árvores, algumas das quais, centenárias, na Rua de Angola, e que só não foi total, porque alguns moradores se recusaram a sair de junto de alguns exemplares que lá estão, no meio de um jardim agora patético… Não entendo como é que numa zona caracterizada por prédios com uma idade média de construção que ronda os 40 anos, sem tradição de estacionamento próprio, e em que os habitantes têm também eles uma média etária elevada, se reduz o estacionamento em mais de 70%., substituindo-se as vias por passeios larguíssimos, com estradas estreitíssimas, ladeadas por lancis de quase dois palmos de altura… Sim, não sou arquitecta, eu é mais de letras, deve ser por isso... Não entendo, e muito menos entende quem ali mora, ou os comerciantes do pequeno centro comercial do fim da rua…é ver as lojas a fechar, porque os fornecedores não têm sítio para estacionar (o que não estranha, pois se nem os moradores têm…). É ver a quantidade de casas à venda, porque, tal como eu vou ali ver os meus pais, outras pessoas lá se deslocam e é agora praticamente impossível estacionar naquele bairro… Desculpem-me, que devo ser uma bestinha quadrada, mas não entendo…ou estou muito fraquinha, com os açúcares em baixo...

calor

Há dias em que se acorda bem disposto. Outros em que o simples acto de levantar a cabeça da almofada nos parece uma tarefa hercúlea... Hoje estou num desses dias... o melhor é pensar pouco, nada de reflexões profundas, porque as coisas são como são... por enquanto, estamos assim, e assim estando, o melhor é não fazer muitas ondas... é "carneirar"... Nem vale a pena começar a pensar nos "quês" e nos "porquês"...só me faz sentir pior, o que também não ajuda coisíssima nenhuma. A única reivindicação para hoje era ...calor...

6.4.06

Tenho um template lindão, ...

... não tenho?? ...pois é... pena é que não consigo ver quem me deixa os comentários... Não há aí ninguém que saiba fazer uma linhazita de programação para resolver isso?? Muit'agradecida!
"Não deviam ser as pessoas a recear os seus governos, mas sim os governos a recear as suas pessoas." (*) Talvez das frases mais acertadas que tenho ouvido ultimamente. (*) Do filme "V for Vendetta".

3.4.06

No mesmo dia...

No mesmo dia... a notícia de uma vida e de uma morte...