31.3.06

"Ausência"

"Num deserto sem água Numa noite sem lua Num país sem nome Ou numa terra nua Por maior que seja o desespero Nenhuma ausência é mais funda do que a tua." Sophia de Mello Breyner Andresen

Cansaço...

"O que há em mim é sobretudo cansaço. Não disto nem daquilo, Nem sequer de tudo ou de nada: Cansaço assim mesmo, ele mesmo, Cansaço. A subtileza das sensações inúteis, As paixões violentas por coisa nenhuma, Os amores intensos por o suposto alguém. Essas coisas todas Essas e o que faz falta nelas eternamente; Tudo isso faz um cansaço, Este cansaço, Cansaço. Há sem dúvida quem ame o infinito, Há sem dúvida quem deseje o impossível, Há sem dúvida quem não queira nada -Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles: Porque eu amo infinitamente o finito, Porque eu desejo impossivelmente o possível, Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser, Ou até se não puder ser... E o resultado? Para eles a vida vivida ou sonhada, Para eles o sonho sonhado ou vivido, Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto... Para mim só um grande, um profundo, E, ah com que felicidade infecundo, cansaço, Um supremíssimo cansaço. Íssimo, íssimo, íssimo,Cansaço..." Álvaro de Campos

30.3.06

...o argumentista...

Num dia como o de hoje, não fora a música que oiço e a vista que tenho, com o mar ao longe...não me apetece estar aqui, ser eu...apetecia-me mudar de "filme"... a ver se falo com o argumentista..

28.3.06

O Sonho

A Tua Mãe ligou-me hoje. Está incomodada. Tem andado incomodada todo o dia porque te sonhou, morta, como já estás para esta vida, mas a sorrir-lhe do teu caixão. Não paravas de lhe sorrir, com o teu sorriso de quando estavas mesmo satisfeita, e com os cabelos que há tantos anos te não conhecíamos. Estranhamente - ainda estranhamente, porque até a mim me aflige a naturalidade com que lido com estas coisas - fiquei satisfeita. Soube sempre que estavas bem, ou que irias ficar bem. Foi essa a sensação primeira que senti ao romper da notícia. Sei que completaste agora o teu descanso. Sei que seguirás em frente. Tenho uma estranha sensação de felicidade. Porque te sei bem. Porque quiseste que a tua mãe o soubesse. Tentei explicar-lhe isso. Ela começa agora a entender o que há tanto tempo queria dizer-lhe. Não sei se a ajudei. Mas tinha de lhe dizer o que sempre senti... Calculo que tenhas outra missão. Aqui, cumpriste a tua. Vai. Voa. Voa muito alto! Mas não te esqueças de nós, sim? Eu sei que te hei-de encontrar! Um Beijo...

Fiscal!!!!

É a última paranóia! Direito Fiscal! Pronto - gosto! Aquilo mistura-se com Constitucional e Administrativo e Obrigações e... Aquilo é PODEROSO!! Yeahhhh!!! --- Estão a achar esquisito? Olhem, é mais ou menos a pica por uma linha de programação Java!...

27.3.06

...quem escolheu quem?...?...

Pensei, dei voltas à cabeça, voltei a pensar e … olha, continuo sem saber… Afinal, fui eu que te escolhi ou tu a mim? É o que dá… tentar resolver questões destas às três da manhã! Seja lá como for, a escolha foi boa!

24.3.06

...Raispartam! ...

Anda uma gaja aqui na vidinha coiso e tal muito inlove (às vezes até m'irrito comigo, livra!) e assim e sempre a debitar "postas" em barda qu''é pro seu "gajo" ficar com ego cheio e ela fazer uns créditos na conta dos mimos e tal...e vai-se aí pela blogo fora e...pimba!...Zás! Uma "posta", cá do viveiro, noutra loja!... É do caneco! Como a gaja também tem um caraças de um feitiozinho, xispa-se logo toda, vai de rasgar a tola ao "puto"! Mai nada qu'é pra prenderes e não andares armado em carapau de corrida qu'aquilo é meu e coiso e isso não se faz nem à mãezinha e péraí que já te apanho! E desanca e desanca até mais não! Ai, vem o "puto" responde e até lhe diz que não foi por mal que foi por amor e que pronto se ficares melhor arreia lá mais um cadito qu'eu aguento, mas vê lá se bates só até um bocadinho antes de haver fractura exposta, senão nunca mais consigo pegar na Famel Zundapp e o preço dos módulos tá caro... Aqui, a gaja parou e viu que o "puto" até tava muita bem intencionado e que foi um descuido e afinal até é um "puto" curtido e tásse bem e que até achou que era umas palavras fixolas ... e até ficou toda vaidosa porque afinal até já lhe copiam os textos e a mãe até tinha razão em querer que a gaja tirasse o nono ano e pois é muita lamechas e olha, tásse bem, ...e vai lá comprar caramelos a miúda! Já passou! --- Agora a sério: hoje aprendi que podemos ter razão na substância e deixar de a ter na forma! Um bom fim de semana para ti! E podes vir aqui ao copianço sempre que te apeteça!

As palavras que são minhas

Hoje, reparei num texto muito, mas mesmo muito "parecido" com um texto meu, que publiquei em Outubro passado (é o post anterior, agora republicado com comentários incluídos), publicado há uns dois dias noutro blog. É pena. Porque se me tivessem perguntado se o podiam publicar, eu tinha dito que sim. Só pedia o "favor" de mencionarem a fonte. Era o mínimo. Não tenho copyright das coisas que escrevo. Mas, porra, são minhas, nasceram-me das entranhas, são como filhos meus! Não gostei. Fiquei desiludida.

Tu... (Publicado por mim a 18 de Outubro)

...vieste e envolveste-me com o teu amor e agora sinto-me a rodopiar, porque a música dos teus beijos embala-me. Ai, deixa-me estar assim a dormir. Deixa-me estar assim, dormente, apaixonada por ti outra vez...

23.3.06

Era uma vez...(Reprise)

Era uma vez uma rapariga que vivia. Ponto final. Sabia pouco da vida, por isso, a vida só passava por ela. Um dia resolveu mudar de vida. E a vida dela mudou-se para junto da vida de um rapaz. O rapaz, por seu turno, esse, vivia, mas uma vida escolhida. Por ele. Ele sabia o que queria. E queria-a a ela. Tanto, que não a deixava viver. A rapariga pensava que decidia, que agia. Que vivia. Mas não. A vida continuava a passar por ela, como se de um raio X se tratasse. Até um dia. Até ao dia em que a rapariga se sentou, olhou o mar e pensou “quem sou eu?” …a resposta não vinha, nunca mais vinha. Outro dia passou e a rapariga perguntava ao mar a mesma coisa. E mais dias passaram, mas o mar não respondia. E ela, a rapariga perguntava-lhe cada vez mais coisas. Para além de lhe perguntar quem era, perguntava-lhe para onde ia aquela coisa que era a vida, aquela sua vida que não era sua. Aquilo que não era vida. Um dia, a resposta veio. Não veio do mar. Veio do coração. Da rapariga. E foi espantosa. Disse-lhe o seu coração que “aquilo” não era a vida; pelo menos a sua. E o caminho para a sua vida era outro. E a rapariga soube qual era o caminho a seguir. Mas o rapaz não queria. Porque de tanto a querer, não queria mais nada. E não a queria soltar, deixar viver a vida que finalmente seria a dela. Que não! Inexplicavelmente, a rapariga que até então só vivia, decidiu viver a vida como sua. E disse-lhe “Não quero mais.” E por vontade dela, seria quanto bastava para ir buscar uma vida, sua, noutro lado. Noutro mar. Mas ele recusava-se! Bateu-se como um louco! Furioso, lançou mão de tudo quanto podia. Fez coisas feias. Quis arruinar-lhe a vida. Por pouco ia conseguindo. Mas o mar, um outro mar, num outro lado da vida da rapariga, que ela nunca tinha visto, não conhecia a cor nem o cheiro àquela maresia, esse outro oceano mandou-lhe ondas e ventos que ajudaram a rapariga a navegar para fora da vida que não era nem vida, nem sua. Que não era nada. A rapariga vive, agora, uma outra vida. É difícil, às vezes dói, mas é sua! E está viva. ----- Para um Mar que trago no meu coração.

Nem digo nada...

...mas estou aqui a torcer por vocês! Um beijo grande e um abraço apertado!

22.3.06

Não sei como...

Pela primeira vez na minha vida, quero dizer uma coisa e não sei como... Estou como a Manuela...com um "problema de expressão"...

21.3.06

Sorte

Ás vezes dou comigo sozinha a sorrir. Da sorte que tenho. Porque entraste na minha vida. E porque és o Homem que és. E porque dizes as coisas que dizes. E porque me ensinaste o que é o amor.

20.3.06

Avanços na Medicina

Porque nem só do tempo, dos caracóis e das coisinhas do coração se fala neste blog, que é um blog ecléctico, resolvi partilhar uma notícia que se reveste de importância no campo das relações entre os casais. " Cientista japonês descobre novo Viagra feminino, o produto é conhecido pelos japoneses pelo nome de KATON. - "Quando você dá o KATON para mulher, diz o proeminente académico, "ela fica alegle,calinosa, bundosa non??. Te beija e ablaça o dia inteilo e a noite intelinha. Não dá sossego, ella quellel tlansal quantas vezes você agüental. Só te chama de meu amol , minha vida, te adolo. Te amo!!!" Aí , perguntaram ao cientista: Puxa, este produto é fantástico mesmo??? - "SIM! SIM! SIM! galantido, non??", respondeu o japonês: "Funciona mesmo! Non falha non!" - Perguntaram novamente: "mas, Dr, o nome é mesmo... KATON?" - "SIM!!! É KATON... KATON DE CLÉDITO".

17.3.06

A noite é boa conselheira

A noite é boa conselheira. Reflecti e tomei uma decisão. Não terminarei este blog. Até podes vir aqui e ler o que escrevo. Até podes comentar. Já sabes que é minha prerrogativa manter ou apagar os teus comentários (sim, neste aspecto em particular, o regime é autocrático). O cerne da questão é que me recuso a acabar com este espaço! Porque é meu, porque me recuso a que, uma vez mais, tenha que ser eu a recuar, a capitular. Já chega, já aconteceu uma vez e não voltará a repetir-se. Porque, e mais uma vez te digo, seguimos caminhos separados e há espaços em que te não permito a entrada, como não desejo que partilhes os teus comigo. E se não gostares, olha, paciência!

16.3.06

Devassada...

Perguntaste-me se este blog era meu. Podia ter-te respondido que não. Mas mentir não é do meu feitio. E respondi-te que sim. Mas, é com tristeza que vejo que voltaste à tua velha forma...voltaste a fazer-me sentir mal. Porque mais uma vez te achas no direito de saber tudo acerca de mim. De novo me sinto devassada na minha intimidade. Não gosto que faças juízos de valor acerca das pessoas que aqui comentam e do que comentam. Não quero que fales do que não sabes. Voltaste a não entender os limites. E que há coisas que não se perguntam, simplesmente porque quando duas pessoas deixam de fazer a sua vida em comum, deixa de fazer sentido a partilha de certos pormenores. Já sei que vais dizer que sou estranha, que achas que estou doente, a precisar de psocólogo, porque não falo disto contigo e escrevo na internet coisas, as coisas que eu sinto. Mas isso já não me importa, porque são coisas minhas. Porque "tu + eu" é uma equação que já não é igual a "nós". Não quero saber a opinião que tens de mim. De verdade. Só queria não estar a sentir novamente a devassa no meu mundo. Neste momento, tenho de reflectir se mantenho este espaço, ou se simplesmente o apago. Há uma reflexão a fazer. Mas há uma coisa de que estou certa - não tenho mais nada a partilhar contigo, para além do que é absolutamente necessário.

13.3.06

Quero o Verão!

Tenho saudades dos meus mocassins, das minhas calças cheias de bolsos, das mangas curtas, do calor e do sol quente! Apetece-me comer caracóis, saladinhas e com cerveja fresquinha!

8.3.06

É só por ser Mulher...

Às vezes rio com vontade de chorar. Às vezes choro por coisas que ninguém entende. Nas alturas em que esperam que esteja frágil, levanto-me e sigo em frente. Quando esperam que esteja forte, sinto-me insegura. Às vezes preciso de mimo e atenção. Outras, gosto de mimar e cuidar. Às vezes apetece-me ser miúda. Outras, não. Não é confuso. É só por ser mulher…

6.3.06

Ver ao longe...

As tempestades também passam. Depois delas, o ar fica mais claro, menos denso. Respira-se melhor, vê-se melhor. O aperto que me sufocava o coração e a alma dissipa-se. Em boa parte, por tua causa. Em boa parte, por causa deles. Juntos, foram o leme que me guiou quando as águas estavam agitadas e o nevoeiro era cerrado. Eles, sem o saber. Tu, sabendo-o. O amor não se agradece. Sente-se. Por isso, não te agradeço. Simplesmente, amo-te.